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Preferência pela mãe é comum ocorrer até um ano e meio de vida do bebê


O vínculo mãe-bebê reflete diretamente no comportamento da criança. A dependência e a predileção pela figura materna é uma resposta do estranhamento que ele sente a cada pessoa que se aproxima e o afasta da mãe. Este comportamento, de acordo com o médico do Comitê de Desenvolvimento e Comportamento da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), Renato Santos Coelho, inicia entre os três e cinco meses de vida, permanecendo até um ano ou um ano e meio. O pediatra acrescenta que a partir dos dez meses, a dificuldade na separação entre o bebê e a mãe se intensifica.

Preferência pela Mãe SPRS

- A preocupação deve surgir quando este comportamento está muito intenso e a criança não consegue suportar nem mesmo pequenas separações. Os fatores envolvidos são próprios do bebê e da mãe, e a presença da figura paterna, que irá provocar e reforçar a separação da mãe e da criança - explica Coelho.

A maneira de reagir frente a estas situações varia de acordo com o episódio. O pediatra relata que os casos mais comuns correspondem a fatores fisiológicos, que exigem compreensão.

- Não se deve reforçar este comportamento. A sugestão é iniciar com pequenas separações e ir aumentando o intervalo de tempo passo a passo. Nos casos mais intensos devemos analisar caso a caso, pois depende do modelo de vínculo que está estabelecido entre eles - esclarece o pediatra.

Situações de separação que ocorrem devido ao início da vida escolar exigem adaptação, tanto por parte dos pais quanto da criança. Renato Coelho reforça que o processo deve ser compreendido como necessário. Ele informa que o procedimento é mais fácil fora da faixa etária entre oito e dez meses até 15 meses de vida. No entanto, ele afirma que é imprescindível que se respeite o tempo e o ritmo do bebê.

Na ausência dos pais é comum que a criança chore, porém, é preciso estar atento se a reação for muito intensa e o bebê não se acalme de forma nenhuma. O pediatra afirma que os pais devem sempre se despedir, evitando sair escondidos ou enganar a criança. Ele acrescenta que quanto mais explicações forem dadas, mais evidente fica a insegurança e a ambivalência.

De acordo com a forma como a separação vai ocorrendo e dando experiência para o bebê de que a mãe vai, mas volta, ele começa a ser acostumar com esta situação. A autonomia que a criança vai adquirindo durante o seu desenvolvimento, bem como o processo de caminhar, vai lhe auxiliando a ter mais segurança, o que deve ocorrer entre os 18 e 24 meses de idade.


Redação: Francine Malessa
Foto: Marcelo Matusiak
PlayPress

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