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Estudo mostra influência da poluição do ar em aumento de casos de asma entre crianças


Um problema mundial que traz efeitos cada vez mais na saúde das pessoas foi destaque na programação do evento organizado pela Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul durante palestra da convidada internacional, Henriette Smit. A médica holandesa falou com preocupação sobre os impactos causados pela poluição do ar. Pequenas partículas entram no pulmão e por isso acabam danificando a estrutura. Os sintomas comuns observados nas crianças são o sibilar, som agudo e contínuo, que pode evoluir para um caso de Asma.

Henriette Smit Congresso Gaúcho de Pediatria SPRS

As áreas urbanas são consideradas as mais críticas por contarem com um tráfego de veículos muito pesado. Porém a médica alerta que não é só esse contexto que traz o agravante. Áreas industriais também podem trazer os mesmos efeitos, mesmo se estiver em uma zona afastada. Partículas podem ser transportadas pelo ar e serem depositadas em zonas distantes.

Como a situação ficará no futuro, vai depender dos mecanismos de controle de poluição do ar que cada país adotar. Por isso é importante observar o assunto com muita atenção segundo a médica, professora de saúde pública e pesquisadora na Holanda, Henriette Smit.

- Ainda não é possível associar diretamente o aumento de casos de bebês prematuros com o volume de poluição do ar. Porém sabe-se que há estudos mostrando que crianças submetidas a ambientes com o ar poluído durante a gravidez, tiveram a idade gestacional reduzida na comparação com crianças que as mães não estavam inseridas nesse ambiente. Porém precisamos lembrar, também, de casos ainda mais graves que são mães que fumam durante a gestação - afirmou Smit.

Na aula proferida nesta sexta-feira (03/06) a médica orientou sobre os sintomas a serem observados nas crianças para diagnóstico de asma. Muitas crianças começam a apresentam a sibilação a partir dos 4 anos. O desafio é estudar quais dessas crianças evoluirão para apresentação de um quadro de asma e quais não evoluirão. O debate é se é recomendável ou não ingressar com medicamentos. Se por um lado, o diagnóstico cedo ajuda com a medicação há muitos casos de falso positivo, o que implicaria em medicações desnecessárias para parte dessas crianças que acabam não desenvolvendo asma. É um tema que exige ainda muito estudo.

Redação: Marcelo Matusiak
PlayPress Assessoria de Imprensa

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