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Médicos discutem os desafios para diagnóstico de doenças comuns na infância e adolescência


Seja em sinais clínicos ou alterações de comportamento, cada vez mais se faz indispensável a atuação do médico para diagnóstico das doenças. Mesmo que os profissionais contem com avançada tecnologia, nada é mais importante do que o diálogo com o paciente. A irritação de uma criança, medo, má qualidade de sono são alguns sinais de que algo não está bem e os mesmos não devem ser ignorados. O tema esteve presente no segundo dia de atividades do X Congresso Gaúcho de Atualização em Pediatria, promovido pela Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul. O evento ocorre até sábado (27/05), no Centro de Eventos da PUCRS, em Porto Alegre, RS.

X Congresso Gaúcho de Atualização em Pediatria SPRS

Um dos destaques do dia foi a aula do médico intensivista e professor de pediatria da Universidade da Flórida (EUA) José Irazuzta, sobre o manejo prático da cetoacidose diabética e do coma hiperosmolar, complicações agudas mais graves do paciente diabético. Os casos de deficiência e resistência à insulina podem acometer pessoas de qualquer idade, mas em crianças ganha importância por raramente haver um diagnóstico anterior. Em aproximadamente 40% dos casos a manifestação inicial dá-se nos primeiros anos de vida.

- As abordagens desses tratamentos estão diferentes, hoje, com tratamento mais conservador usando menos insulina, aguardando que o ajuste metabólico do organismo regule a quantidade de açúcar no sangue - afirmou Irazuzta.

X Congresso Gaúcho de Atualização em Pediatria SPRS

A programação contou com um painel do médico norte-americano, Richard M. Rosenfeld, sobre o manejo da otite média aguda e na sequência, temas de infectologia com a discussão da relação das doenças infectocontagiosas e a sala de aula e vigilância em saúde. A pneumonia e a bronquiolite também foram alvo de discussões. O médico Leonardo Araújo Pinto ressaltou consensos para o tratamento como medidas de controle de contato, conforto e oxigenoterapia. Entre as intervenções controversas, estão uso de corticoide, nebulização com solução hipertônica 3%, entre outros.

O painel "Abuso sexual", fez um alerta sobre os principais aspectos a serem observados. De acordo com o pediatra, associado da SPRS, chefe da unidade de Adolescentes no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Ricardo Becker Feijó, é preciso observar sinais que os pequenos transmitem quando estão com problemas e não sabem explicar. Independente da faixa etária, a criança e adolescente podem apresentar mudança brusca de comportamento, incluindo ansiedade, angústia e medo de ficar com pessoas.

X Congresso Gaúcho de Atualização em Pediatria SPRS

Já os problemas de abdômen agudo preocupam os pediatras pela gravidade e pela demora nos pais em perceberam os sintomas. O médico associado da SPRS e coordenador da Emergência Pediátrica do Hospital Santo Antônio, Cristiano do Amaral de Leon, destacou que a dor abdominal pode ter uma gravidade maior do que os pais imaginam, precisando de intervenção cirúrgica breve. O cirurgião pediátrico associado da Sociedade de Pediatria do RS, João Vicente Bassols, falou sobre o trabalho do cirurgião a partir dos problemas de abdômen agudo. A pediatra associada da SPRS, Liane Esteves Daudt reforçou que um terço da população mundial está acometida desta doença, tornando-a um problema de saúde pública. Ao final do dia, a pauta foi privações afetivas na infância e suas repercussões.

O X Congresso Gaúcho de Atualização em Pediatria encerra neste sábado (27/05) com aulas nas áreas de asma, gastro, infecção urinária, identidade de gênero e saúde bucal.


Redação: Marcelo Matusiak e Mariana da Rosa
PlayPress Assessoria de Imprensa
Fotos: Marcelo Matusiak e Marcos S. Matte

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