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Casos de leishmaniose em Porto Alegre exigem atenção de médicos e ações do poder público


O registro do terceiro óbito de paciente diagnosticado com leishmaniose em Porto Alegre, recentemente, acendeu o sinal de alerta. Por ser uma doença caracterizada pela progressão lenta pressupõe que hajam outros casos clínicos não diagnosticados.

- Chamamos a atenção para que a rede de saúde, pediatras e clínicos em geral, estejam atentos ou pensem na possibilidade dessa doença quando o paciente estiver com febre prolongada, perda de peso, aumento de baço ou fígado. Ainda, se houver um exame de sangue com muitas alterações - afirma o médico pediatra da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Benjamin Roitman.

Pediatra Benjamin Roitman SPRS

O problema envolve a discussão de saúde pública, pois a maioria dos casos acontece em regiões carentes de saneamento básico. Para haver a incidência é preciso haver uma soma de fatores. Primeiro, é necessário ter o reservatório que na maioria das vezes é o cachorro. Além disso, deve haver a presença do mosquito Phlebotominae, ou mais conhecido como Mosquito-palha, que vai picar o cachorro e transmitir para o humano. Os médicos reforçam que não há transmissão direta entre o cachorro e o ser humano. A terceira condição é ambiental, já que o mosquito frequenta área de matas. Nesses casos de Porto Alegre estão ocorrendo ao redor de uma área invadida no Morro Santana onde há, esse ambiente misto de vegetação e habitações inadequadas.

- Não cremos que vá haver um surto em Porto Alegre, pela série de condições que são necessárias para ocorrência da doença. De qualquer modo exige atenção porque a mortalidade é muito alta e porque já foram registrados três óbitos na cidade - finalizou o médico Benjamin Roitman.

O combate à doença é feito em diversas frentes. Nos cachorros dignosticados com a doença é usada uma coleira para que eles não sejam picados pelos insetos. Nas áreas de ocorrência é importante haver a aplicação de inseticida. Também é fundamental o diagnóstico precoce da doença nos humanos já que existe a possibilidade de tratamento. A vacinação para pessoas ainda não existe, enquanto o tratamento para cachorros é uma descoberta considerada recente.

Redação: Marcelo Matusiak
PlayPress Assessoria de Imprensa
Foto: Arquivo SPRS

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