A doença meningocócica (DM) é uma infecção bacteriana aguda. Quando se apresenta na forma de doença invasiva, caracteriza-se por uma ou mais síndromes clínicas, sendo a meningite meningocócica a mais frequente delas, e a meningococcemia a forma mais grave.
O agente etiológico é a bactéria gram negativa Neisseria meningitidis (meningococo). Os sorogrupos A, B, C, Y, W e X são os principais responsáveis pela ocorrência da doença invasiva.
O modo de transmissão é pelo contato pessoa a pessoa, por meio de secreções respiratórias de pessoas infectadas ou doentes.
O período de incubação é, em média, de três a quatro dias, podendo variar de dois a dez dias. O período transmissibilidade persiste até que o meningococo desapareça da nasofaringe do portador.
No Brasil é considerada endêmica com ocorrência de surtos esporádicos.
No ano corrente, até a semana epidemiológica (SE) 36, correspondente ao período de 31/08 a 06/09/2025, foram registrados 52 casos de doença meningocócica no estado. No mesmo intervalo (SE 1 a SE 36) de 2024, haviam sido confirmados 29 casos, indicando aumento em 2025. Durante a pandemia de Covid-19, especialmente nos anos de 2020 e 2021, observou-se acentuada redução no número de casos, provavelmente associada às medidas de restrição à circulação de pessoas, ao uso de máscaras e a outras estratégias de controle adotadas naquele período. A partir de 2023, verificou-se elevação da incidência em comparação aos anos imediatamente anteriores, embora os valores ainda permanecessem inferiores aos observados no período pré-pandêmico, conforme apresentado na Tabela 1.
O cenário epidemiológico atual sugere uma possível retomada aos níveis prévios da doença meningocócica, reforçando a necessidade de monitoramento contínuo.
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No que se refere à faixa etária, a maior incidência concentra-se em crianças menores de cinco anos, com destaque para aquelas com menos de um ano de idade, padrão semelhante ao observado em anos anteriores.
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Com relação aos sorogrupos da Neisseria meningitidis circulantes no estado, o sorogrupo C vinha sendo predominante nos últimos anos. No corrente ano, no entanto, até o momento, o predomínio tem sido do sorogrupo B (49%) seguido pelo C (22%), demonstrando uma mudança de padrão já observada em outros estados do país.
Leia o documento completo da Nota Informativa Nº19/2025 – DVE/CEVS/SES-RS clicando aqui.
Mais informações sobre cenário epidemiológico da DM no estado podem ser acessadas no site do CEVS.
Fonte: SES-RS / Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), Nota Informativa Nº19/2025 DVE/CEVS/SES-RS.
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